segunda-feira, 13 de março de 2017

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A cor preta do Dobok de Hapkido

O Dobok (도복) de Hapkido geralmente é de cor preta, o motivo geralmente aceito é o fato de que no Um yang o Um seja preto e represente o interno a receptividade o suave. Assim sendo o Hapkido uma arte circular e “suave” a correspondência é óbvia, além disto originalmente o preto simboliza a água só posteriormente a cor azul foi atribuída a este elemento.


Quando se observa em algumas federações que os mais graduados começam a usar o branco também, o que acontece é que partindo do interior para o exterior a energia se manifesta sendo a materialização da técnica já mais visível como algo individual e interno.
Não devemos esquecer também das influencias de outros povos como os Mongóis que de sua indumentária surgiu o Dobok de mestre (trançado em branco).

Outras cores são usadas em uniformes mas deve se ter cuidado para não desvirtuarmos o princípio básico e simbolista, usando uniformes que em nada têm a ver com a arte ,mas sim uma adaptação de um gosto pessoal de determinada escola.

Texto Edson Takehisa
http://www.hapkidors.blogspot.com/

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sobre o Caminho

Aquele que se agarra à visão mundana
Não pode entrar no caminho [chin. Tao].

Àquele que não entende realmente, mas diz que entende,
Você não pode falar sobre o caminho.

Aquele que vive no conforto ocioso e que é preguiçoso
Não pode aprender o caminho.

Aquele que acredita em mentes individuais e separadas
Não pode falar sobre o caminho.

Aquele que abandona o movimento e procura a calma
Não pode cultivar o caminho.

Aquele que abandona o ensinamento para investigar a meditação [chin. Ch'an]
Não pode atingir o caminho.

Aquele que depende de palavras e conceitos para explicar o significado profundo do Dharma
Não pode entender o caminho.

Aquele que deseja ser apressado e procura por algo fácil
Não pode ser iluminado pelo caminho.

Aquele que separa o pequeno do grande
Não pode ser iluminado pelo caminho.

Aquele que se agarra ao impuro chamando-o de puro
Não pode conhecer o caminho.

Aquele que não gosta das coisas comuns e simples e,
Ao invés disso, tem uma afeição por coisas novas e especiais,
Não pode tender ao caminho.

Aquele que gosta apenas do simples e superficial
Mas não gosta do detalhado e profundo
Não pode entender o caminho.

Aquele que conduz uma tarefa de maneira superficial e que não gosta de esforço,
O que é contra a disciplina,
Não pode praticar o caminho.

Aquele que atinge um pouco mas acha que é suficiente
Não pode praticar o caminho.

Aquele que tem pouco entendimento mas acha que é suficiente
Não pode atingir o caminho.

Para atingir o caminho,
Apenas transcenda as preocupações, visões e tentações mundanas.

Para atingir o caminho,
Apenas permaneça modestamente e com mente aberta.

Para atingir o caminho,
Apenas trabalhe assiduamente.

Para atingir o caminho,
Apenas aprenda, com professores bons e próximos,
Como compreender o Dharma intuitivamente e, em todos os lugares,
Use o ensinamento experientemente para selar a mente.

DÔ (caminho) Significado

Percorrendo o caminho (DÔ). Para onde?
A humanidade tem um longo histórico de guerras e lutas por poder político, conquista de territórios ou simplesmente para mostrar a supremacia diante de seu vizinho.
Da necessidade de se criar métodos sistemáticos e eficientes de ataque e defesa é que nasceram as chamadas artes marciais.
Estes métodos ou sistemas eram amplos o suficiente, tanto para preparar um exército para a guerra, como também para capacitar um monge a se defender durante sua peregrinação.
No Japão antigo, cada clã possuía seu próprio estilo ou escola chamada RYU. Cada RYU possuía diversas técnicas de luta, quase todas secretas, chamadas JITSU para o manejo de armas e utilizando o próprio corpo como arma.
Os SAMURAIS (aquele que serve ao senhor feudal) representavam a classe de elite de guerreiros e tinham domínio completo das artes marciais.
Com o período chamado Restauração Meiji (1868-1912) que determinou a modernização do Japão, a era dos Samurais terminou.
Estilos e técnicas que levaram centenas de anos para se desenvolverem, de repente, se tornaram inúteis e até proibidas.
Com os esforços de alguns, o conhecimento foi preservado e depois até se popularizou, já que o seu uso não era mais exclusivo dos Samurais. Mas agora, o enfoque das artes marciais é diferente, o JITSU (técnica) passou a ser encarado como DÔ (ou michi ou caminho).
Mas afinal, o que uma arte marcial como HAPKIDÔ (caminho da unificação da energia) tem em comum com o CHADÔ (caminho do chá), o KADÔ (caminho do arranjo de flores) ou o SHODÔ (caminho da caligrafia)?
Nos meus primórdios de aprendizado nas artes marciais, eu achava erroneamente que o DÔ (caminho) de cada arte seria o melhor método ou técnica para aplicar um chute, um soco ou derrubar um adversário.
Comparando, seria como se utilizássemos estradas diferentes para chegar a lugares diferentes.
Usando o mesmo raciocínio, atualmente acho que o entendimento correto seria utilizar a mesma estrada para chegar ao mesmo lugar, só que utilizando meios diferentes. Se formos para Boqueirão da Esperança pela Rodovia Transamazônica (Quer caminho mais árduo que este? Uma parte do caminho nem existe!), alguns podem optar por utilizar um automóvel, outros bicicleta e outros irem andando.
Então, qualquer que seja a arte, DÔ significa maneiras distintas de caminharmos pela vida, enfrentado todos os buracos, lombadas e valetas, e chegarmos todos ao mesmo lugar ou atingirmos o mesmo objetivo.
Sobra, portanto a seguinte pergunta: - Através do DÔ, para onde estamos indo?
Sabemos que os Samurais, através da disciplina física, mental e espiritual, tinham um grande entendimento da vida e com este entendimento atingiam um estado de total desprendimento e paz interior. Como conseqüência, conseguiam vencer o maior de todos os medos: o medo da MORTE.
Se eles podiam enfrentar uma luta de vida ou morte com tanta naturalidade, por que não utilizar este conhecimento para enfrentar a luta do dia a dia?
O entendimento do significado do DÔ só acontece quando conseguimos transpor as técnicas de golpes e Napbobs (rolamentos) para os fatos mais corriqueiros do nosso dia a dia. Como exemplo, poderíamos citar: uma negociação de compra e venda, a participação em uma reunião, a realização de um exame vestibular ou, enfrentar a cadeira do dentista.
Usando os princípios do HAPKIDÔ, poderíamos interpretar as técnicas da seguinte maneira:
- preparado para o que der e vier. Preocupações excessivas só ocupam espaço mental. Os outros não sabem o que você está pensando e você também não sabe o que os outros estão pensando. Mente vazia.
- não se deixe afetar por uma ofensa direta, deixe o ataque passar. Saiba quem você é; conheça bem suas qualidades e limitações.
- às vezes, uma resposta direta é mais eficiente (curto e grosso). Não tenha medo de ferir os sentimentos alheios com a verdade (apenas o EGO do outro sairá ferido).
- técnicas de contra golpe. Não desista nunca de seus objetivos. Tenha a mente aberta para explorar as fraquezas alheias e virar o jogo no momento certo.
- variações da técnica. Os fatos nem sempre acontecem como planejamos ou gostaríamos, esteja preparado para improvisar. Seja flexível na cabeça.
- absorver, da melhor forma possível, as "quedas" e "tropeços" que acontecem na busca de nossos objetivos. Não fique se lamentando, levante-se rapidamente e tente novamente quando as condições forem mais favoráveis.
- provocar reação! Às vezes, precisamos ajudar com um pequeno "empurrão" para que as coisas aconteçam.

A essência do DÔ é a maneira como caminhamos pela vida.
O destino final do DÔ é a compreensão da própria vida.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Principais Instituições Mundiais

• Hoi Jeon Moo Sool (Arte Marcial Circular)

O Hoi Jeon Moo Sool é um estilo de Hapkido que foi fundado pelo Grão Mestre Myung Jae Ok (irmão gêmeo do Grão Mestre Myung Jae Nam – Fundador da IHF), focando suas técnicas para a circularidade. Suas movimentações suaves e contínuas foram estabelecidas a partir dos elementos Yu, Won e Wha, ou seja, Água, Círculo e Harmonia. Em conjunto, esses elementos contemplam ao praticante a elevação espiritual, bem como a progressão técnica. O conceito circular fez com que o Hoi Jeon Moo Sool desenvolvesse suas particularidades, bem como sua linha de desenvolvimento técnico como Hoi Jeon Moo Do (auto defesa), Jok Sool Do (chutes), Kum Sool Do (espada) e Bong Sool Do (bastões), elevando-se assim para uma nova arte marcial, independente do Hapkido.

• I.H.F. (International H.K.D. Federation)

Fundada pelo Grão Mestre Myung Jae Nam, teve como maior objetivo a união de todas as escolas e estilos de Hapkido coreanos por meio da simplificação das técnicas. O Kuksanim Myunga Jae Nam aprimorou as técnicas circulares do Hapkido, sendo influenciado pelo intercâmbio cultural que obteve ao treinar Aikido por volta de 1970. Esse aperfeiçoamento resultou em técnicas simples e evolutivas que poderiam ser praticados por qualquer praticante de Hapkido independente da escola ou estilo, fazendo assim com que o Hapkido pudesse ter uma identidade uniforme. Seu objetivo não foi alcançado devido às resistências dos outros estilos e escolas. Assim, em base nos seus objetivos e nas técnicas que desenvolveu, Myung Jae Nam fundou o Hankido, sendo essa uma arte marcial dedicada ao povo coreano e reconhecida pelo governo como patrimônio cultural. Após a formatação do Hankido, a nomenclatura da I.H.F. que significava International Hapkido Federation, passou a ser adotada como International H.K.D. Federation, onde em H.K.D. lê-se Hapkido Hankido Hankumdo. Hankumdo é uma outra formatação técnica desenvolvida pelo Kuksanim Myung Jae Nam para o desenvolvimento das técnicas com espadas. Essas técnicas usam as movimentações aprimoradas do Hankido somadas ao alfabeto do Hangul, que dão formas aos movimentos de ataques e defesas com a espada.

• International Hapkido Federation USA

Em meados de 1980, o Grão Mestre Bong Soo Han, discípulo direto de Yung Sul Choi, fundou a International Hapkido Federation USA fortalecendo ainda mais o seu vínculo com o ocidente. Han foi um dos alunos mais importantes de Choi, sendo detentor de estremo conhecimento técnico tornando-se então, referencia no que se diz respeito em Hapkido, principalmente no ocidente, sua escolha para a dedicação e difusão da arte marcial através da International Hapkido Federation USA. Essa federação é uma das mais importantes organizações que procuram manter o Hapkido em seus moldes tradicionais, mantendo o espírito marcial e filosófico em seus praticantes. Através dessa organização, muitas entidades militares e organizações especiais, como o FBI, adotaram em seus currículos o Hapkido como técnica de auto defesa.

• Jung Do Kwan – Hapkido Of The World (Doutrina do Caminho Correto)

Um estilo de Hapkido com muita influência do Tang Su, tem suas origens na Coréia do Sul e propagou-se nas Américas por intermédio de um dos mais importantes representantes desse estilo, o Grão Mestre Park Sung Jae, hoje líder da Jung Do Kwan. Um estilo de Hapkido mais dinâmico e linear, busca desenvolver suas técnicas de modo mais certeiro e pontual. Em suas técnicas, podemos notar a manipulação de muitos pontos vitais, influência essa dos conhecimentos de Acupuntura e Ortopedia que o Grão Mestre Park adquiriu na Universidade de Kyung Hee.
O estilo Jung Do Kwan é um dos mais praticados e influentes no Brasil, pois foi uma das primeiras escolas a se estabelecer no país como entidade organizacional da arte do Hapkido. Os principais mestres brasileiros foram discípulos do Grão Mestre Park Sung Jae que em 1972 chegou no Brasil para fortalecer a difusão do Hapkido Jung Do Kwan.

• The World Kido Federation

Curiosamente, não é uma federação exclusiva de Hapkido e sim uma entidade que tem o objetivo de organizar e difundir as artes marciais coreanas mundo afora. Fundada e liderada pelo Grão Mestre In Sun Seo, um dos mais importantes artistas marciais coreano da atualidade, a TWKF (conhecida também como Kidohae) tem um papel importante na administração das artes marciais coreanas, pois atua diretamente com o governo na emissão de certificações e qualificações técnicas por todos os cantos do mundo. Sua presença no cenário do Hapkido não estipula técnicas ou estilos, mesmo tendo como fundador um dos principais mestres e discípulo de Yung Sul Choi. Atua muito mais no âmbito organizacional do Hapkido fora da Coréia, organizando eventos para uma melhor distribuição técnica e difusão de seus trabalhos.

• Korea Hapkido Association

A primeira entidade oficial coreana a adotar o nome Hapkido como formatação de arte marcial. Fundada e idealizada pelos maiores mestres da época ligadas a Yung Sul Choi, essa entidade teve a importante tarefa de apresentar o Hapkido para o seu país de origem. Em 1965, em sua concepção, liderada por Ji Han Jae e Kim Moo Wong foi responsável em mostrar as técnicas desenvolvidas por um grupo de mestres das artes marciais coreanas e a novidade apresentada por Yung Sul Choi. Nasce então, oficialmente o Hapkido como arte marcial coreana. Em 1973, passa a se chamar Republic Of Korea Hapkido Association.

• The Korea Hapkido Federation

Dissidente da Korea Hapkido Association, alcançou o grau de maior importância na divulgação do Hapkido pela Coréia e conseqüentemente pelo mundo. Tornou-se a federação mais popular de Hapkido e até hoje é a que tem o maior número de academias e conseqüentemente maior número de praticantes na Coréia do Sul. Tem a fama de tradicionalismo ao que se diz respeito na formatação do Hapkido, pois trabalha suas técnicas com fidelidade ao que foi concebido por Yung Sul Choi e seus discípulos. Sua dissidência confunde-se com a história da Korea Hapkido Association, pois na verdade essas duas organizações eram as mesmas e fundadas pelos mesmos mestres, sendo difundida quando a Republic Of Korea Hapkido Association foi fundada. Hoje, a TKHF é liderada pelo Grão Mestre Oh Se Lim.

• Sin Moo Hapkido (União da energia mental e física)

Foi a primeira academia a utilizar o nome Hapkido. Fundada por Ji Han Jae em 1957, que aprimorou suas técnicas de Yu Kwan Sool Hapki ensinadas pelo Grão Mestre Yung Sul Choi, foi responsável pela formatação literária do Hapkido. Foi nessa escola, idealizada por Ji Han Jae que o Hapkido nasceu. E partir daí, o desenvolvimento do Hapkido foi crescente com a influência de outros mestres nas organizações que viriam a surgir no futuro.
O Hapkido Sin Moo caracteriza-se muito com a aplicação dos chutes herdados do Taekyon – arte marcial tradicional que originou o Taekwondo. Com a união das técnicas de chutes, juntamente com as técnicas de imobilização e traumatismos do Yu Kwan Sool Hapki de Choi, surgia então uma arte marcial de extremo potencial técnico. Em 1969, Ji Han Jae viaja para os Estados Unidos a convite do governo americano para auxiliar na preparação de seus agentes especiais. Com isso, a América fica conhecendo o Sin Moo Hapkido que é apreciado até hoje por todos.

• World Hapkido Association

Tendo sua sede em Thousand Oaks, Califórnia - USA, foi fundada pelo ilustre Grão Mestre Hwang In-Shik, um atuante no cenário do Hapkido desde sua concepção até as telas do cinema. Hoje a WHA é presidida pelo mestre Jung que reside nos Estados Unidos. A WHA tem uma grande influência na divulgação do Hapkido na América do Norte, organizando seminários e atuando diretamente com as forças armadas americanas. Possui uma reputação exemplar no que diz respeito à organização e tradições. Possui representantes pelo mundo todo nos quais desenvolvem um Hapkido de qualidade seguindo os critérios tradicionais de sua estruturação.

• World Hapkido Games Federation – WHGF

Essa federação foi criada para difundir o Hapkido independente dos estilos. Idealizada pelo mestre Han Jung-Doo, a WHGF organiza eventos pela Coréia e demais países a fim de abranger o intercâmbio técnico e cultural através de seminários, jogos, competições etc.. Com elaboração de conteúdos didáticos como livros e vídeos, a WHGF contribui com a formação cultural dos praticantes além dos tatames. O respeito por todos os etilos é o grande potencial dessa federação.

• The World Hapkido Federation

Sua história confunde-se com as demais entidades responsáveis pela formação do Hapkido. Também dissidente da Korea Hapkido Association, fundada inicialmente como Yun Mu Kwan pelo Grão Mestre Myung Kwang Sik e futuramente originou a The World Hapkido Federation nos Estados Unidos. Apresenta um Hapkido composto em técnicas abrangentes desde chutes até projeções, influências essas das artes do Taekwondo e Yudo, treinadas por Myung Kwang Sik.

Fonte: www.hapkidobrasil.com.br

terça-feira, 17 de março de 2009

Agora sou um Faixa Preta...

Pois é, muitos quando chegam a esta misteriosa e almejada faixa, sentem-se poderosos: realmente o são, principalmente quando se está diante de quem nada conhece de Artes Marciais que é o que ele está conquistando.

As responsabilidades aumentam, mas o que mais deveria aumentar, seria a humildade e o reconhecimento das belezas que a Arte desperta principalmente em nosso interior, mas a maioria somente vê o aspecto exterior.

Tenho um aluno amigo, que sempre diz: – “nós estamos sempre evoluindo”...

Concordo com ele, apenas fico triste com a morosidade de como essa COISA acontece com as pessoas, sem dizer as que realmente se sentem poderosas, e principlamente fazem MAU USO do que aprendeu, pois se não conseguem entender a palavra RESPEITO, INTEGRIDADE, por todos, um dia virando-se contra o vento, este o rebentará no rosto.

O carinho e a discriminação devem ser entendidos e moldados para que possamos entender a cada pessoa que nos procuram, independente de suas crenças ou objetivos, porque o que precisamos mostrar a eles, é que todo objetivo pode e deve ser alcançado, somente dependendo de nossa vontade.

Certa vez, conversando com um grande Mestre, ele me disse que devemos adaptar nossos ensinamentos, respeitando e mantendo as tradicionalidades da Arte que aprendemos e acreditamos para que possamos adentrar a quem nos procura, sempre. Esse é um Mestre... ele não somente nos dá um caminho, mas ensina que você coloque outras pessoas no caminho de um modo suave, sem imposições... Mestre, eu lhe agradeço por isso.

Enfim, dedico essas poucas palavras aos meus novos faixas pretas que passaram a entender que existe um DO (caminho) na Arte, que poucos conseguem entender, e após entendê-lo, muito menos o praticam.

Ser Mestre!

Ser Mestre é descobrir no outro a beleza do sonhar e do amanhecer, é caminhar com o futuro de todas as pessoas nas mãos, carregar o tom de todas as cores e suavizar a tristeza de quem ainda não descobriu o saber.

Ser Mestre é ter vez e voz na vida do outro que aprende e ensina, é mostrar o ‘caminho das pedras’ e como passar por elas!

É ensinar a caminhar na calçada que não atravessa, mas de onde se vê o outro lado!

É vislumbrar o horizonte muitas vezes perdido atrás das cores do arco-íris, é se alegrar com a vida que renasce de suas idéias e viver todos os sonhos que emolduram a vida alheia.

Ser Mestre é iluminar os caminhos longos e os atalhos nem sempre floridos e frios! É aprender e ensinar como viver, como embaralhar e acertar todas as cartas.

É acender todos os lampiões para o outro passar com passos lentos ou rápidos pela vida. É desbloquear emoções contidas na escuridão do não-saber.

Também é ensinar a dar passos largos ou pequenos em todas as direções, como dançar, sorrir e ser feliz.

Ser Mestre é mostrar o acender das luzes nas trevas tortuosas, mas necessárias do anoitecer sombrio! É ser maestro e compositor de homens e suas obras maravilhosas.

É não apenas dar o peixe, mas a melhor maneira de lançar todas as redes!